Culpados pelo rebaixamento do Santos à segunda divisão do Brasileirão começam a aparecer

Condenado, ex-diretor do clube e vereador em Bertioga, Matheus Rodrigues está inelegível por dez anos
Matheus Rodrigues fez uma tentativa desastrosa de modificar a decisão que o expulsou do quadro associativo do clube e o tornou inelegível por dez anos - Foto: Divulgação

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“Uma gestão que esteve à frente do Santos Futebol Clube por apenas dois anos, mas que é a principal responsável por manchar a história de uma instituição centenária.” É dessa maneira que um associado ao clube se refere ao grupo que dirigiu o Santos entre os anos de 2018 e 2020.

Após o jornal LEIA publicar reportagem, em novembro, dando conta de que o vereador de Bertioga Matheus Rodrigues (PSD) fez parte desse grupo, o referido associado, que é morador de Bertioga, procurou a reportagem para assegurar “que o buraco é bem mais embaixo e ainda há muito mais caroço nesse angu”.

No entendimento do torcedor santista – cuja identidade será preservada, a pedido dele -, os culpados pelo rebaixamento do Santos à segunda divisão do Campeonato Brasileiro (principal competição nacional) são justamente as pessoas que compuseram a gestão do ex-presidente José Carlos Peres.

“Em novembro, quando o jornal publicou aquela reportagem, o Santos já estava em uma situação muito difícil. Portanto, quando eu li o jornal, pensei comigo: ‘finalmente estão aparecendo os verdadeiros culpados por essa tragédia vivida pelo maior clube brasileiro do mundo, como costumamos nos referir ao nosso Santos.’ A minha surpresa, entretanto, foi saber o grau de participação do Matheus Rodrigues nessa sujeirada. Ainda bem que foi condenado à perda do direito de participar de eleições no Santos por pelo menos dez anos”, observou.

Por ter influência junto a membros do Conselho Deliberativo, o associado decidiu acompanhar mais de perto a situação. Após ter acesso à documentação da Comissão de Inquérito e Sindicância formada para investigar a conduta do grupo de Peres, ele descobriu que o dinheiro do Santos foi utilizado não só em contratos fraudulentos, mas também para bancar luxos e ostentação dos ex-dirigentes do Peixe (gestão 2018-2020).

Segundo os documentos encaminhados pelo torcedor santista ao LEIA, o ex-presidente do Peixe e a comissão responsável por gerir o dinheiro do time, da qual Matheus Rodrigues fazia parte, foram responsáveis por utilizar cartão corporativo com gastos indevidos, de caráter pessoal, bem como de terceiros, em salão de beleza feminino, vestuário feminino, joalheria, lojas de departamento e cosméticos. Compras em mercado, mercearia, farmácia e exames também foram pagos com dinheiro do Santos, por intermédio do cartão corporativo utilizado pelos seus dirigentes.

“Documentos da Comissão de investigação revelam todos esses passos errados, a má gestão, a falta de transparência e o desrespeito ao dinheiro do clube, que culminaram na quebra financeira e na decadência de um time que sempre foi o orgulho do país. Hoje, o mundo testemunha os resultados desastrosos de uma administração negligente”, acrescenta a fonte do jornal.

Ele ainda observa que Matheus Rodrigues fez uma tentativa desastrosa de modificar a decisão que o expulsou do quadro associativo do clube e o tornou inelegível por dez anos.

“A péssima gestão do dinheiro do Santos assusta, revolta, indigna, causa nojo. Graças aos céus, o nosso eterno Rei Pelé não presenciou a cena mais triste da história do Santos Futebol Clube, com a humilhante derrota que conduziu nosso time de ouro, pela primeira vez em sua história, de mais de 100 anos, à segunda divisão do futebol brasileiro. Nós, torcedores do Santos, mereceremos uma resposta”, concluiu.

Silêncio dos acusados

A reportagem do jornal LEIA não encontrou Matheus Rodrigues e José Carlos Peres para que eles pudessem se manifestar. O espaço segue aberto para eventuais posicionamentos.

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