Em ano eleitoral, Prefeitura de Cubatão é transformada em cabide de empregos

Vereador Rodrigo Alemão lidera grupo de parlamentares contrários ao “Cabidão do Ademário”
Ademário (cam. amarela) junto ao pré-candidato César Nascimento / Foto: Divulgação

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Em pleno ano eleitoral, a gestão do prefeito Ademário Oliveira (PSDB) decidiu criar 36 novos cargos comissionados na estrutura da Prefeitura de Cubatão. Com impacto orçamentário estimado em R$ 17,5  milhões até 2026, os novos cargos são destinados a secretários-adjuntos e subdiretores de UBSs (Unidades Básicas de Saúde). Vereadores de oposição entendem que a iniciativa não tem outra justificativa senão o “aumento desnecessário de gastos públicos e a formação de um cabidão de empregos.”

De acordo com o que foi apurado pelo jornal LEIA, os cargos foram criados por meio de dois Projetos de Lei. São 18 cargos de secretários-adjuntos e 18 cargos de subdiretores de UBSs. A reportagem solicitou um posicionamento da gestão Ademário Oliveira quanto à necessidade de criação dos cargos, mas não obteve retorno até o fechamento da edição. 

PELO POVO – Na Câmara Municipal de Cubatão, 10 vereadores votaram favoráveis aos dois projetos e seis foram contra. Além do vereador Rodrigo Alemão (PSDB), os parlamentares Alessandro Oliveira (PL), Fabio Roxinho (MDB), Guilherme do Salão (PROS), Rafael Tucla (PP) e Sergio Calçados (PSB) avaliam que não existe a necessidade de criação dos referidos cargos.

“Estamos falando de um projeto politiqueiro, sem qualquer tipo de interesse público, aonde claramente é para apadrinhamento político nesse momento eleitoral que estamos vivendo. Eu desafio que alguém venha aqui e defenda a necessidade pública da criação de 18 cargos de secretários-adjuntos, com um prejuízo estimado em mais de R$ 15 milhões em salários. Isso é uma verdadeira aberração jurídica”, apontou Rodrigo Alemão. 

Para ele, é necessário que a população entenda que “essa é uma responsabilidade do senhor Ademário e do seu candidato à sucessão César Nascimento, que é vereador licenciado e deveria estar aqui conosco, defendendo a população, defendendo o que é certo, mas preferiu estar ao lado desse projeto político de poder instalado na cidade.” 

Roxinho também se manifestou contra. Ao ponderar que os ocupantes das Secretarias-adjuntas não precisam ter nível superior (curso de graduação), ele foi direto ao ponto: “A criação desses cargos é o apadrinhamento político, e é isso que vai acontecer com esses cargos”, concluiu. 

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