A safra de milho elevou os embarques do produto no Porto de Santos em 29,6%, no mês de outubro, totalizando 3,2 milhões de toneladas. Com isso, o acumulado do ano subiu para 14,8 milhões de toneladas, um aumento de 34,5%. O resultado do grão ajudou a manter o recorde do Porto, que está em 142,0 milhões de toneladas, crescimento de 2,7% em relação ao período entre janeiro e outubro do ano passado.
De acordo com o presidente da Autoridade Portuária de Santos (APS), Anderson Pomini, o resultado somente não foi melhor devido ao clima: “Outubro foi um mês com muita chuva, o que não favorece o embarque de grãos”, explica o presidente. “Ainda assim, foi o melhor resultado da história no embarque da granéis sólidos vegetais, o que demonstra a capacidade de recuperação e de produtividade do Porto de Santos”, complementa Pomini.
O embarque de granéis vegetais (milho, açúcar e soja, dentre outros) alcançou 7,1 milhões de toneladas em outubro. É um tipo de carga que tem sido impactada pelo período chuvoso. Nos períodos em que o tempo firma tem sido providenciado é um esforço conjunto para acelerar os embarques e liberação dos navios carregados nos terminais e a organização dos comboios de entrada e saída de navios.
O total de cargas em outubro somou 14,3 milhões de toneladas, apresentando leve redução de 0,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Mesmo assim, se mantém como a segunda melhor marca entre os meses de outubro. Os embarques totalizaram 10,7 milhões de toneladas, apresentando um crescimento de 2,7%, e as descargas atingiram 3,5 milhões de toneladas, queda de 10%.
A carga conteinerizada somou no mês de outubro 439.743 TEU (Medida equivalente a um contêiner de 20 pés) e no acumulado do ano 3,9 milhões de TEU, reduções de 2,6% e 6,9%, respectivamente.
Os granéis sólidos somaram no acumulado do ano 77,5 milhões de toneladas, aumento de 10,5% sobre o mesmo período de 2022 e melhor marca para o período. Ganharam destaque nesse segmento a soja, com 37,5%; o açúcar, com 19,7%; o milho, com 19,1%; a soja peletizada, com 9,9%; e o adubo, com 8,2%.
Os líquidos a granel atingiram no acumulado de janeiro a outubro 15,9 milhões de toneladas, queda de 0,5% em relação ao acumulado nesse período do ano passado. Na composição dos líquidos a granel destacam-se: óleo diesel e gasóleo, com 22,5%; óleo combustível, com 19.9%; outras mercadorias, com 15,6%; sucos cítricos, com 14,5%; soda cáustica, com 6,9%; gasolina, com 6,8%; e álcool, com 6,3%.
As atracações de navios no ano somam 4.496, crescimento de 3,8%.
Corrente Comercial
A participação do Porto de Santos na corrente comercial brasileira foi de 28,4%. Com relação às transações comerciais nacionais com o exterior por meio do Porto de Santos, 30,4% tiveram a China como parceiro. O Estado de São Paulo apresenta a maior participação nas transações comerciais com o exterior por meio do complexo portuário santista (54,6%).
Sobre a Autoridade Portuária de Santos
A Autoridade Portuária de Santos é uma empresa pública vinculada ao Ministério dos Portos e Aeroportos. É responsável pelo planejamento logístico e pela administração da infraestrutura do Porto Organizado de Santos, o maior da América Latina, por onde passam aproximadamente 30% das trocas comerciais brasileiras. O complexo portuário está localizado a 70 quilômetros da Grande São Paulo e possui 55 terminais, sendo 41 arrendamentos, 8 retroportuários e 6 terminais de uso privado (TUPs), situados em duas margens, uma em Santos (direita) e outra em Guarujá (esquerda).